Técnicas de engate ao volante


É do conhecimento geral que as mulheres bonitas gostam de carros bonitos, o que não quer dizer obrigatoriamente que as mulheres feias gostem de calhambeques.
Perguntam vocês, quer dizer então que só os proprietários de bólides têm hipóteses de ser bem sucedidos no engate? Tenham calma, as mulheres são, geralmente, bastante indulgentes, nem todas preferem o luxo. Além disso, não percebem assim muito de carros e são muito influenciáveis. É possível muitas vezes levá-las a tomar uma lata velha por um topo de gama.
Note-se no entanto que ao conduzir um determinado tipo de automóvel, está a transmitir uma mensagem implícita à qual nem todas as mulheres são receptivas. Por exemplo:

Pretende engatar ao volante de um carro familiar, uma carrinha, uma caravana de campismo.
A mensagem transmitida é a seguinte: "Bom dia, sou casado e pai de quatro filhos, mas não tenho nada contra dar uma voltinha contigo. O que é que achas, boneca?"

Pretende engatar ao volante de um 4x4.
A sua mensagem é brutal e exprime cruamente o desejo impiedoso da grande fera que que você é: "Vou explorar as tuas dunas querida. Sei que não vai ser fácil, mas sou o rei do todo-o-terreno, comigo ou vai ou racha!"

Pretende engatar ao volante de um carro desportivo.
Ao fazer rugir o seu motor, pensa exprimir a sua irresistível potência sexual. Infelizmente, arrisca-se a que as mulheres entendam a sua mensagem como "demasiado apressado". Para elas, muitas vezes, Ferrari é sinónimo de ejaculação precoce.

Pretende engatar ao volante de uma lata velha
"Falta de continuidade, suspensões moles, o tipo deve ser impotente ou maricas", este será o diagnóstico de todas as mulheres normalmente constituídas. (restam sempre as outras...)

Pretende engatar ao volante de um Simca.
A rapariga percebe logo que quer aplicar o golpe da avaria!

 


O golpe da avaria. Como aplicá-lo?

O golpe da avaria é uma velha especialidade automobilística masculina. Mas quererá isto dizer que qualquer homem pode aplicar o golpe da avaria em qualquer carro e sem qualquer tipo de preparação? Claro que não!
Para ser bem sucedido o golpe da avaria exige sangue-frio e um sentido de timing fora do comum, um encadeamento perfeito dos gestos e da mímica. Agora, passo a expor clara e detalhadamente as fazes da operação:
Antes de mais, escolha um automóvel adaptado à situação, ou seja, um carro susceptível de ficar avariado. Um Mercedes, ou qualquer não outro carro alemão não serve. Não seria credível. Toda a gente sabe (mesmo as mulheres) que os carros alemães nunca avariam. Escolha antes um carro francês, ou italiano, ou até mesmo um carro inglês. Mas nunca um carro alemão.

Escolha de seguida o local e hora da avaria. Ter uma avaria em plena Avenida da Liberdade, às sete horas da tarde teria pouco interesse. Em contrapartida, uma avaria numa estrada na província, a meio da noite, ao abrigo de olhares e ouvidos indiscretos...

No momento de simular a avaria, seja convincente. Não se contente em cortar a corrente soltar uma gargalhada. Faça um ar profundamente chateado. Resmungue qualquer coisa do género: "Raios partam isto, lá se foi outra vez a porcaria da cabeça de distribuição", ou "Deve ter sido o circuito do óleo que rebentou outra vez", ou então" Puta que pariu a merda da carroça!". O importante é ser-se convincente. Assim a sua passageira poderá acreditar que o carro avariou mesmo, ou então fingir que acredita.

Complemente as palavras com gestos. Abra o capot. Procure bem, deve haver por aí algures uma espécie de manete no tablier. Não, esperem, esta ainda não é a altura de aproveitar para apalpar as pernas da passageira.Tenham calma, afinal, não somos nenhuns selvagens. Se não conseguir abrir o capot, leia as instruções no manual de utiliza&ccediL;ão do automóvel que deve estar no porta-luvas. Como é que se abre o porta-luvas? Deve estar a gozar!...

Uma vez realizadas as diversas gesticulações rituais, poderá (finalmente) atirar-se à sua passageira. Este é o momento crucial do golpe da avaria, onde deverá fazer prova de uma destreza extrema. Com uma mão recline o banco da jovem até à posição horizontal, com a outra comece a tirar-lhe a roupa, enquanto com a outra o próprio condutor se deve ir despindo também, sem se esquecer também de, com a outra mão que ficou livre, tirar o preservativo que se encontra no porta-luvas. Tudo isto com um único movimento harmonioso. E pare de perguntar como se abre o porta-luvas, porra!

Agora, é a sua vez de proporcionar à sua passageira alguns momentos tórridos. Faço aqui apenas mais um pequeno reparo: no auge da situação, evite premir premir a buzina com os pés ou com que quer que seja, arriscar-se-ia a atrair as atenções. Evite também soltar o travão de mão (sobretudo se estiver estacionado numa descida).